domingo, abril 08, 2007

Telenovelas

Hoje venho apresentar uma dúvida que me tem atormentado à uns dias.
Todos nós sabemos que desde o advento da televisão privada em Portugal, tem havido uma proliferação de telenovelas nacionais. O que para mim até é bom, porque infelizmente neste país, quem quer viver da representação, tem de trabalhar na televisão e fazer telenovelas, porque o teatro e o cinema não dão para o sustento. Apesar disso, até têm surgido actores e actoras, com algum talento, mas também outros que nem por isso mas enfim...
Mas a dúvida que venho colocar, é a seguinte:
Actualmente, na TVI está a passar uma telenovela em que a acção da história se passa nos Açores, na ilha de São Miguel, o que também acho muito bem, porque é uma ilha bem linda e aliás, todas elas o são e merecem ser divulgadas, mas o problema é que ninguem fala com sotaque dos Açores???
Eu vivi dois anos e uns meses nos Açores, mais propriamente na cidade da Horta, ilha do Faial (este ano vou lá passar uma semana de férias) e sei, de experiencia própria, que as pessoas dos Açores, têm vários sotaques, conforme a ilha ou até mesmo a região da ilha, visto haver ilhas com vários sotaques e acho graça nessa telenovela ninguem ter sotaque, nem parece que "estamos" nos Açores, mais! Até uma telenovela que passou à algum tempo que era passada no Porto, também ninguem tinha sotaque.
Já que fazem tantas telenovelas, para vender e fazer guerra de audiencias, ao menos sejam minimamente realistas e tomem atenção a esses pormenores, basta ver os nossos "primos" do Brasil, cuja indústria de telenovela é um mundo dentro da televisão, que quando faz uma passada por exemplo na Bahia, pôe toda a gente a representar com sotaque dessa região.
Eu sei que podem ser pormenores sem importancia, mas ao menos sejamos realistas e verdadeiros.
Boa noite
Pipas

quinta-feira, abril 05, 2007

"Nossa Senhora de Paris"

Boa noite, tal como prometido, hoje vou falar sobre o livro que entretanto já acabei de ler. Esse livro como referenciei no último post, é o "Nossa Senhora de Paris" de Victor Hugo, um dos maiores escritores de todos os tempos.
Este romance, talvez seja mais conhecido por outro nome, pelo qual estamos mais familiarizados através das produções da Disney, que fizeram uma adaptação para animação desta história e a que deram o nome de "O Corcunda de Notre Dame". Exacto, é a história de Quasímodo e dos amores que a bela cigana "Esmeralda" provoca nele e em "Claudio Frollo", arcediago (padre), (da igreja de "Notre Dame"), seu protector. Amor esse não correspondido, visto Esmeralda estar apaixonada por Febo, jovem oficial da guarda.
Esta é a história desse triangulo amoroso e das suas desventuras, em que há um encandeamento e uma espiral na história das várias personagens que como ao bom estilo romãntico em que Victor Hugo está enquadrado, acaba sempre em tragédia.
Mais não digo sobre a história...
Este livro, tem como particularidade, a sua estrutura, visto que Victor Hugo, não tem uma narrativa corrida, coesa, intervalando os acontecimentos do romance, com descrições históricas e sociais da Paris de 1500 e comparando-a à da sua época. Além da descrição da Paris do fim da época medieval, Victor Hugo também descreve e aí talvez entre o verdadeiro protagonista desta história que é a catedral de "Nossa Senhora de Paris" e a arquitectura gótica. Victor Hugo descreve com enorme exactidão e pormenor toda a arquitectura, escultura, etc. relativa à catedral e restante arquitectura de Paris.
É um livro grande, a edição que li tem mais de 500 páginas, por vezes um pouco monótono para quem não esteja interessado nas descrições históricas, sociais e arquitectónicas, que intervalam a acção das personagens, mas por outro lado quem se interessa por essas coisas (como é o meu caso), o livro é fantástico e muito bem escrito e entusiasmante, apesar do seu tamanho.
A meu ver é um livro que para quem se interesse por história ou história de arte, de indispensável leitura.
Boa noite
Pipas

terça-feira, abril 03, 2007

Musica on-line

Hoje ao ler o jornal, descubro com grande satisfação que a EMI, uma das maiores editoras mundiais, mais a Apple, que todos nós sabemos quem é, (mas na eventualidade de alguem não saber, aqui fica, são fabricantes de computadores e criadores do famoso ipod, leitor de audio digital, o vulgo mp3), vão colocar músicas à venda no itunes, (loja virtual de venda de música on-line), sem estarem protegidas por DRM (digital rights management), o que vai permitir que as músicas possam ser descarregadas em qualquer suporte digital que leia mp3, tal como outros leitores que não o ipod (que é o meu caso particular), cd´s, numero ilimitado de computadores, etc. . As musicas com DRM, só podem ler lidas nos ipod's e descarregadas para um número limite de cinco computadores. A EMI e a Apple, estão em conversações mas uma coisa é certa as músicas sem DRM, terão uma qualidade superior, mas também serão mais caras, dos habituais 0,99euros, serão 1,29euros. Apesar de serem mais caras, acho é um importante passo para a liberalização da venda de música on-line e combate à pirataria, para quando o mesmo passo das outras grandes editoras mundiais, aguardaremos com expectativa.

Outro assunto, estou a acabar de ler um livro, um clássico (talvez poderemos chamar-lhe assim) do Victor Hugo, esse grande escritor. O livro é a "Nossa Senhora de Paris" e como não poderia deixar de ser, não tenho nada a apontar, fica prometido depois de acabar de ler uma opinião alargada sobre o mesmo.
Por fim vou deixar-vos mais um video, este de umas senhoras que tinham um grupo com o nome de "Shakespear Sisters" e que não sei porque, gosto particularmente desta música "Stay" e respectivo vídeo.
Boa noite, abraço
Pipas




segunda-feira, abril 02, 2007

"Frases"

Hoje ao ler o jornal, descobri estas duas frases, que achei deveras interessantes:

"Somos um povo que vive de mesquinharia, da pequena inveja, de chico-espertice, do "não vá o gajo ficar-se a rir de mim"".
Carla Machado in Público

"Quando as elites acham que o povo é um bocado estúpido, até que ponto são elas sinceramente democráticas?"
Pedro Magalhães in Público


Na minha opinião, são duas frases que muito resumidamente e concisamente, descrevem o nosso modo de estar e pensar, neste pequeno rectângulo à beira-mar plantado, deixo à vossa consideração.
Boa noite
Pipas